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Técnicas diminuem risco de complicações no tratamento de miomas

sábado, 7 de junho de 2014

 Novos procedimentos aumentam a segurança, além de reduzir o risco de sangramento e o tempo de cirurgia
 
As mulheres têm buscado cada vez mais tratamentos que sejam menos invasivos e rápidos, mas com bons níveis de segurança. É o caso, por exemplo, dos procedimentos para tratar o mioma, problema que atinge metade daquelas que estão entre os 20 e os 45 anos. O mioma é um tumor sólido e normalmente benigno, que acomete mulheres, sobretudo, na fase reprodutiva da vida, período em que menstruam e podem engravidar.
 
De acordo com o ginecologista Jorge Valente, há atualmente diversas técnicas que trazem uma série de vantagens para as pacientes. “São procedimentos que aumentam a segurança, reduzem o sangramento, o tempo de cirurgia e de internação hospitalar”, diz o médico.
 
Entre eles, está a técnica histeroscópica que permite retirar tumores submucosos que estão na cavidade do útero por via baixa, ou seja, pela vagina. “Dependendo da situação, também é possível reduzir previamente o mioma com tratamento medicamentoso para facilitar o procedimento”, diz Jorge Valente. Para realizá-lo, um pequeno tubo com uma câmera é introduzido no útero, via vaginal, e através dele é possível visualizar os miomas e fazer a retirada.
 
A retirada dos miomas pode ser feita, ainda, por via laparoscópica, realizada através de três ou quatro pequenas incisões menores que um centímetro na parede abdominal, geralmente indicada para tumores em pequeno número e não muito volumosos. Segundo Jorge Valente, tanto a histeroscopia quanto a laparoscopia são mais indicadas para as mulheres que querem preservar a função menstrual e ainda desejam engravidar.
 
Além disso, existe uma técnica chamada de embolização, que é a oclusão das artérias que irrigam os miomas e que tem apresentado ótimos resultados. O procedimento para embolizar o tumor é feito por meio da punção da artéria femoral, na região da virilha, com a introdução de um cateter que vai  interromper o fluxo de sangue.
 
Mas há também as histerectomias, que são as cirurgias para a retirada do útero. O órgão pode ser retirado de diferentes maneiras: via abdominal com técnicas minimamente invasivas, como a laparoscopia e a cirurgia robótica; ou também por via vaginal, sem cicatriz no abdômem. Na histerectomia por via vaginal, a utilização da pinça coaguladora bipolar amplia a segurança da paciente e melhora os resultados.
 
De acordo com o especialista, a escolha da técnica dependerá de uma série de fatores como os sintomas e o que a paciente pretende no momento. “Questões como idade, o desejo de engravidar, o número de nódulos e a localização dos miomas são levadas em conta na hora de escolher o melhor procedimento. Não existe regra”, afirma.