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Incontinência urinária atinge 5% da população brasileira e 35% das mulheres na pós-menopausa

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Especialista baiano ministra treinamento para capacitar médicos do Norte-Nordeste para técnica cirúrgica
 
Cerca de dez milhões de brasileiros sofrem de incontinência urinária (IU), caracterizada pela falta de controle sobre o ato de urinar. Mais comum entre idosos, a incontinência urinária acomete mais mulheres que homens e afeta cerca de 35% das mulheres após a menopausa. A doença, que compromete a qualidade de vida e causa constrangimento, pode ser prevenida e tratada. Segundo o ginecologista Jorge Valente, diretor médico e coordenador dos serviços de uroginecologia do Ceparh (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana), o tratamento depende do tipo de incontinência urinária diagnosticada. “O tratamento pode ser feito por via medicamentosa, fisioterapia, cirurgia ou mesmo através da combinação dessas indicações”, explica o especialista. Há estudos que indicam que a incontinência urinária tem prevalência importante entre as mulheres na pós-menopausa. A maior parte dos pacientes esconde o problema por medo de serem ridicularizados, constrangimento e vergonha. Além do estigma, o problema também afeta a sexualidade e pode causar disfunção erétil.
A incontinência urinária ocorre quando não é possível ter controle sobre a bexiga e a urina vaza involuntariamente da uretra, canal que leva a urina para fora do organismo. Pode acontecer um vazamento ocasional ou mesmo uma incapacidade total de controlar a urina. A obesidade, determinados medicamentos, problemas neurológicos, gestação, tabagismo, falhas anatômicos, demência, múltiplos partos e cirurgias pélvicas prévias são alguns dos fatores de risco da doença, que também pode estar associada a fatores genéticos. 
 
“A perda involuntária de urina da bexiga causa vários transtornos na qualidade de vida da mulher e compromete sua vida social, causando problemas emocionais”, afirma o médico Jorge Valente. O distúrbio pode ser dividido em três tipos: incontinência de esforço (ocorre durante atividades como tossir, rir ou realizar atividades), de urgência (necessidade repentina e forte de urinar com contração da bexiga e vazamento involuntário) e mista (envolve os dois tipos). 
 
Tratamento cirúrgico 
 
Quando os outros tratamentos não dão resultado e em casos graves de incontinência, o tratamento indicado é cirúrgico. Com os avanços da medicina, hoje é possível tratar o problema com uma técnica eficaz e minimamente invasiva. Trata-se do minisling, procedimento realizado através da colocação de uma prótese com formato de uma fita estreita sob a uretra com o objetivo de substituir seus ligamentos de sustentação. O procedimento é ambulatorial e minimamente invasivo. Sua realização dura em média dez minutos e em menos de quatro horas o paciente tem alta. A técnica é segura e eficaz. Com objetivo de capacitar médicos para a utilização da técnica de minisling, Dr. Jorge Valente vai ministrar, no próximo dia 21 de fevereiro, no Ceparh, um treinamento teórico e pratico para especialistas do Norte e Nordeste do país. 
 
Prevenção

A prevenção da incontinência urinária passa pelo controle do peso e pela pratica de exercícios físicos, ajudando a fortalecer a musculatura pélvica que dá sustentação à bexiga e à uretra. Para a mulher, é importante evitar os exercícios de alto impacto, além de uma boa assistência pré-natal e durante o parto, fundamental para evitar traumas na região pélvica. Não fumar e evitar a prisão de ventre também são importantes na prevenção.